Seleção vive frustração passageira sem Neymar e confia em soluções que surgiram no ciclo da Copa de 2026
Trabalho até a Copa é pensado apesar do craque, que chegaria como cereja do bolo
Por Diogo Dantas
A frustração passageira com o que seria a primeira convocação de Neymar no atual ciclo da seleção brasileira mostra que a dependência do astro acabou. Mesmo para os jogos difíceis contra Colômbia e Argentina pelas Eliminatórias, a partir de amanhã, o trabalho de Dorival Jr, se não é unanimidade, ao menos buscou novas soluções. Nesse contexto, o trabalho para confirmar a classificação para a Copa do Mundo segue ganhando força, e Neymar aparece neste momento como uma "cereja do bolo".
Não havia expectativa de um ganho técnico e tático muito além do que outros meias e atacantes podem prover para a seleção nas duas partidas. Depois de receber os exames do Santos, a CBF cortou Neymar e manteve o trabalho que já vinha sendo feito com outros destaques do setor ofensivo. "Sempre se espera um ganho, mas já vinhamos jogando sem ele, então não muda nada", disse uma fonte da seleção brasileira.
Segundo o blog apurou, o ciclo até a Copa do Mundo de 2026 é projetado apesar de Neymar. Se o craque estiver apto e puder contribuir, vai somar na hora certa. Desde que sua ausência se tornou padrão, a seleção precisou se reinventar. Nesse cenário, eclodiram nomes como Vini JR, Rodrygo, Rafinha, Luiz Henrique, Estevão e Endrick. Destes, a principal referência é sem dúvida Rodrygo, que curiosamente passou a jogar com a camisa 10 que sempre foi usada por Neymar.
Sem lideranças mais experientes como Danilo, também cortado, outros nomes surgem para disputar este posto, como Gerson, do Flamengo, mas o atacante do Real Madrid se estabeleceu. De Fernando Diniz a Dorival Jr, virou símbolo de uma reformulação que atraiu outros jovens que o viam como exemplo a seguir. Rodrygo tem perfil diferente de Neymar. Saiu do Santos aos 17 anos, amadureceu na Europa e brilhou no Real Madrid. Diferentemente do ídolo, que só foi para o Barcelona com 21 anos.
O novo camisa 10 já amadureceu também na seleção. Disputou Copa do Mundo, perdeu pênalti e teve que se superar também em seu clube, onde foi protagonista em meio à forte concorrência. Até o próprio Neymar referencia a sucessão. Rodrygo vê o ídolo como um possível amplificador do que pode fazer em campo com a seleção atual. Mas enquanto houver Neymar, haverá comparações. E seu nome será citado quando ele não estiver.
"Sentimos falta do Neymar, assim como a torcida. Ele é o nosso camisa 10, um jogador fundamental. De dez anos para cá, é o melhor que acompanhamos. Vamos sentir falta. Sofremos uma perda grande", afirmou Bruno Guimarães, destacando o peso da ausência do principal nome da equipe. Atualmente na quinta posição das Eliminatórias, com 18 pontos, o Brasil busca uma vitória para se aproximar da líder Argentina e tem confronto direto com a Colômbia, quarta colocada.
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