ANCELOTTI É A ESPERANÇA...A BAGULHADA CONTINUA!

Análise: vaga na Copa dá tempo para uma Seleção que indica rumos passo a passo com Ancelotti

Brasil termina Data Fifa sem ser vazada pela primeira vez no ciclo e apresenta volume ofensivo com variações diante do Paraguai, mas sofreu para construir placar mais tranquilo

Por Cahê Mota — São Paulo





Um placar magro, mas com um futebol que apresentou minutos capazes de saciar a fome do torcedor da Seleção.

O Brasil que fez 1 a 0 sobre o Paraguai e se classificou para a Copa de 2026 se mostrou, acima de tudo, um time bem estruturado. Se o empate com o Equador indicou consistência defensiva, agora a equipe avançou mais uma casinha na reconstrução com alternativas ofensivas.

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A pressão inicial com volume e presença em massa no campo ofensivo merecia ser recompensada com um gol rápido. O quarteto Vini, Raphinha, Martinelli e Cunha empurrou o Paraguai para trás, fosse pela pressão alta, fosse pela mobilidade com boas associações sem posicionamento fixo.

Com Vini mais perto do gol, quase que como um camisa 9, Martinelli ocupou o corredor esquerdo, enquanto Vanderson avançava na direita. Ainda sempre com Casemiro ou Bruno Guimarães um passo adiante, o Brasil se posicionava na entrada da área com seis ou sete jogadores. Volume e intensidade que funcionaram no primeiro tempo.

A quantidade de gente por ali somada aos defensores paraguaios congestionava a área, e os cruzamentos de um lado para o outro surtiram pouco efeito por mais que Vini e Cunha tivessem desperdiçado boas oportunidades. Arremates de média distância, por exemplo, eram alternativas que os brasileiros fizeram pouco uso.

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Lá atrás, o Brasil protegeu muito bem a área, mas não encontrou um antídoto para transição defensiva e viu o Paraguai avançar até rondar a área com muita facilidade e espaço. Nada, porém, que levasse perigo ao gol de Alisson.

O gol de Vini nos minutos finais fez justiça ao placar antes do intervalo em jogada que uniu passes verticais e perde-pressiona eficiente. De Alisson para Alex, Bruno, Casemiro e Raphinha, foram poucos toques na bola. Apenas dominar e passar.

O jogador do Barcelona se viu cercados por paraguaios, foi desarmado, mas Cunha acelerou na recuperação, entrou na área e cruzou para Vini marcar como um típico centroavante. Gol com elementos interessantes.

O segundo tempo, por sua vez, foi mais equilibrado. A medida que o tempo passava, o Brasil perdia fôlego e o Paraguai se soltava. As trocas nas laterais deram sustentação e estancaram qualquer tentativa de pressão dos adversários.

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Raphinha e Bruno Guimarães ainda tiveram chance de ampliar em contra-ataques, mas o jogo terminou com o placar magro e suficiente para a classificação. O Brasil está na Copa de 2026.

De quebra, pela primeira vez desde a Copa do Catar, o Brasil terminou uma Data FIFA sem sofrer gols e viu Vini assumir protagonismo. Se não é muito, já é alguma coisa para uma Seleção que buscava um rumo. 

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