Atlético-MG sofreu contra time frágil, mostra resiliência com um a menos e alcança vitória
Alvinegro consegue competir melhor quando fica com 10 em campo e alcança vantagem importante para avançar às oitavas da Sul-Americana
Por André Ribas — Belo Horizonte
O Atlético-MG precisou ser resiliente contra o Bucaramanga-COL. Após ser dominado no primeiro tempo, o Alvinegro se viu mais confortável quando ficou com um a menos na etapa final e buscou a vitória por 1 a 0 fora de casa, pelo duelo de ida dos playoffs da Sul-Americana.
Cuca promoveu duas trocas no time titular. Everson retornou e ocupou vaga de Delfim. Rony apareceu no lugar de Rubens — perto de ser negociado com o futebol russo. Com isso, posicionou Hulk pela direita, deixou Rony centralizado e colocou Dudu pela esquerda. Uma configuração diferente em comparação ao duelo diante do Bahia.
Desde o primeiro minuto, o Bucaramanga dominou as ações. Com uma postura agressiva na marcação, o time da casa dificultou ao máximo a construção atleticana, sem dar espaços aos zagueiro.
O Atlético sentiu bastante a postura do adversário e não conseguiu sair com passes curtos. Quando esticava a bola, ninguém da frente sustentava, com a posse sendo perdida em poucos segundos.
A marcação também enfrentou problemas. O lado esquerdo não cobriu as boas descidas da equipe colombiana, com desencaixes e falhas nas coberturas.
Restou para Everson ser seguro no gol e evitar a vantagem do adversário. Lyanco também teve papel importante na defesa. Em um dos lances, tirou quase na linha um chute de Sambueza.
Com a bola, o Galo pouco incomodou. A melhor oportunidade saiu de uma finalização de Gabriel Menino, que passou perto do gol. O goleiro Quintada terminou o primeiro tempo sem ser exigido.
O meio-campo não funcionou. Menino pecou nos gestos técnicos, Scarpa foi pouco participativo, e Alan Franco deixou espaços na proteção da área.
Cuca voltou com uma alteração do intervalo: Iván Román na vaga de Menino. No ataque, colocou Rony na direita, centralizou Hulk e deixou Dudu pela esquerda.
A mudança ofensiva resultou em uma chance logo de cara. Rony recebeu pelo lado de campo e finalizou forte, colocando o goleiro para trabalhar pela primeira vez.
Aos poucos, o Bucarmanga voltava a ter o domínio da bola. E tinha tudo para aumentar isso com um a mais em campo, quando Alan Franco acabou expulso aos seis minutos.
Com dez em campo, o Atlético tratou de se fechar na defesa e jogar por uma bola, no contra-ataque. E ela veio. Igor Gomes aproveitou transição rápida para vencer do marcador e ser derrubado na área. Pênalti marcado. Hulk foi para a bola e colocou o time na frente. 1 a 0.
O gol fez o Alvinegro se fechar ainda mais para segurar o resultado. Do outro lado, o Bucaramanga trocava passes no ataque, criava chances, mas sem ter tanto espaço próximo da área.
O desenho seguiu até os minutos finais, quando o time colombiano também ficou com dez em campo. A partir dali, o Atlético reforçou a defesa, sofreu menos e segurou o resultado fora de casa.
Igor Gomes foi o protagonista do lado atleticano. Sofreu o pênalti, conseguiu uma expulsão do lado colombiano e venceu boa parte dos duelos individuais.
O desempenho não foi o esperado. Longe disso. A atuação deixa preocupações para a sequência. Mas, o resultado, o mais importante em um mata-mata, trouxe segurança para o Galo ter a chance de confirmar a vaga em sua casa e seguir a caminhada na Sul-Americana.
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